"A Educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tão poucoa sociedade muda"

Paulo Freire

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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A Educação Frente às Novas Tecnologias: Perspectivas e Desafios

Estamos diante de um novo século, com uma nova sociedade, a sociedade da informação, com novo formato de receber e transmitir informação, e de uma busca interminável de conhecimento. As pessoas hoje em dia, têm acesso ao mundo e as suas tradições culturais, com muita mais eficácia e rapidez que ontem. Com a explosão da computação e, conseqüentemente da internet, passou-se a considerar que disponibilizar informação em uma página da Internet seria um processo educativo contínuo e a formação da língua escrita dessa pessoa, estaria sendo realmente transmitida, de forma correta. Será mesmo? E qual seriam realmente as vantagens e desvantagens dessa interferência digital em nossos dias? As recordações da Educação nos dizem que, educar não é adestrar, nem governar informações para um indivíduo e sim servir como mediador desse processo.

Este artigo de cunho teórico pretende apresentar alguns indicativos e idéias que possam orientar a otimização dessa apropriação por estudantes de educação do nível Básico e superior de uma forma geral. Essa nova, denominada Sociedade do Conhecimento, não pode exonerar a educação formal que se sistematiza na instituição escolar, ainda que, crianças, adolescentes, jovens e adultos, sejam bombardeadas por informações diariamente com uma velocidade cada vez maior pelos mais diferentes meios de comunicação, como a televisão, os rádios, internet. Relata Moacir Gadotti (2002), pelo avanço das novas linguagens tecnologias, precisam ser selecionadas, avaliadas, compiladas e processadas para que se transformem em conhecimento válido, relevante e necessário para o crescimento do homem como ser humano em um mundo alto sustentável. Segundo Pierre Lévy (2000), as tecnologias intelectuais, assim chamadas por não serem simples instrumentos, mas por influírem no processo cognitivo do indivíduo, vão ser os parâmetros utilizados nessa busca de compreensão da estrutura caótica social. Essas tecnologias sempre estiveram presentes na sociedade e, de certa forma, influenciam na percepção e conceitualização do mundo. É notório dizer que, a presença das novas tecnologias nas mais diversas esferas da sociedade contemporânea, é imprescindível, orientar os docentes para uso das novas tecnologias de comunicação e de informação, como tecnologias interativas em projetos políticos pedagógicos, tanto no seu desenvolvimento contínuo, quanto na sua prática em sala de aula, se faz imprescindível. Essa urgência se deve, não apenas, no sentido de preparar as pessoas para usufruí-las, mas especialmente, para prepará-los como leitores críticos e escritores conscientes das mídias que servem de suporte a essas novas tecnologias de informação. Não basta ao cidadão, hoje, só aprender a ler e escrever textos na linguagem verbal. É necessário que ele aprenda a ler e as diversas linguagens, e as suas representações que são usadas nas mais diversas áreas da revolução tecnológicas decodificadas como o computador, os programas multimídias de computação, as Nets redes (sistemas http// e www), os códigos de barras, etc.

Conceituando as tecnologias digitais de informação e de comunicação

O que entende-se por novas tecnologias digitais? Entendemos por novas tecnologias digitais a aplicação de um conhecimento científico ou técnico, de um “saber como fazer”, de métodos e materiais para a solução de uma dada dificuldade, este texto tratará das Tecnologias de Comunicação e das Tecnologias de Informação como intermediadores do processo de ensino e aprendizagem e como tecnologias mútuas. A Tecnologia de Comunicação designa toda forma de veicular informação. Têm-se como ambiente de veiculação, incluindo desde as mídias mais tradicionais, como os livros, o fax, o telefone, os jornais, o correio, as revistas, o rádio, os vídeos, até as mídias modernas como a informática e a Internet. A segunda é a Tecnologia de Informação designa toda forma de determinar, gravar, armazenar, processar e reproduzir as informações. Como exemplos de suportes de armazenamento de informações são: o papel, os arquivos, os catálogo, os HD’s dos computadores, os CD’s, DVD’s ou agora, os PEN DRIVES, os MP3, MP4, etc. Dispositivos que permitem o seu processamento, são os computadores e os robôs, e exemplos de aparelhos que possibilitam a sua reprodução são a máquina de fotocopiar, o retroprojetor, o projetor de slides (data show). As novas tecnologias de informação e de comunicação, usadas na comunicação social, estão cada vez mais interativas, pois permitem a troca de dados dos seus usuários com recursos que lhes permitem alternativas e aberturas das mais diferentes, os programas de multimídia, como o vídeo interativo, a Internet e o Telecongresso. São essas novas tecnologia que permitem a preparação e manipulação contígua de teores específicos por parte do professor/aluno (emissor) e do aluno/professor (receptor), codificando-os, decodificando-os, recodificando-os conforme as suas realidades, as suas histórias de vida e a tradições em que vivem; permitindo um entendimento mais eficaz, alternando os papéis de emissor e receptor, como co-protagonistas e contribuintes da ação cognitiva. Nos dias de hoje, os diferentes usos dessas mídias (tecnologias) se confundem e passam a ser característicos das Tecnologias de Informação e de Comunicação, que mudam os padrões de trabalho, do lazer, da educação, do tempo, da saúde e da indústria e criam, assim, uma nova sociedade, novas atmosferas de trabalho, novos ambientes de aprendizagem. Criando-se um novo tipo de aluno que necessita de um novo tipo de professor. Um professor ligado e compromissado com o que esta acontecendo ao seu redor. Tecnologias colaborativas são as que consentem à otimização do trabalho em equipe. Explicitando, as novas tecnologias de informação e de comunicação podem ser utilizadas para se alcançar objetivos individuais isoladamente. Assim, quando um professor pesquisa certo assunto, em bases de dados da Internet e, ao descobrir documentos importantes, guarda-os para seu uso particular em sua biblioteca virtual individual (CD-Rom, disquetes ou no disco rígido do seu computador), os seus objetivos individuais não estão sendo admirados. Se, por outro lado, comunica a existência desses textos a outros professores que estão trabalhando com ele (de forma interdisciplinar) em um projeto comum, propondo uma discussão conjunta através dos serviços da própria Internet (e-mail, teleconferência), essa tecnologia se reveste de uma característica que otimiza a colaboração, daí ser então denominada de tecnologia colaborativa.

Lecionar e Aprender na era tecnológica

Trabalhar com as tecnologias (novas ou não) de forma interativa nas salas de aula requer: a responsabilidade de aperfeiçoar as compreensões de alunos sobre o mundo natural e cultural em que vivem. Faz-se, indispensável o desenvolvimento contínuo de intercâmbios cumulativos desses alunos com dados e informações sobre o mundo e a história de sua natureza, de sua cultura, posicionando-se e expressando-se, de modo significativo, com os elementos observados, elaborados que serão melhor avaliados. Ao se trabalhar, adequadamente, com essas novas tecnologias, Kenski constata-se que:

“a aprendizagem pode se dar com o envolvimento integral do indivíduo, isto é, do emocional, do racional, do seu imaginário, do intuitivo, do sensorial em interação, a partir de desafios, da exploração de possibilidades, do assumir de responsabilidades, do criar e do refletir juntos.” (KENSKI,1996).

Esta é a parte visível da introdução de novas tecnologias na educação. A estrutura das salas de aula deverá mudar como já mudaram em algumas instituições de ensino no Brasil e estão mudando em muitas regiões do mundo. A implantação (mudança) se inicia e continua com a criação de certa infra-estrutura tecnológica e de um programa de utilização em que os professores sejam treinados operacionalmente, capacitados metodologicamente e filosoficamente para a utilização dessas novas tecnologias na sua prática pedagógica.

O papel dos professores tem que mudar também, e os cursos superiores precisam preparar esses novos docentes para não perderem o controle das tecnologias digitais que são requeridas ou se dispõem a usar em suas salas de aulas. Os professores precisam aprender a manusear as novas tecnologias e ajudar os alunos a, e eles também, aprenderem como manipulá-las e não se permitirem serem manipulados por elas. Mas para tanto, precisam usá-las para educar, saber de sua existência, aproximar-se das mesmas, familiarizar-se com elas, apoderar-se de suas potencialidades, e dominar sua eficiência e seu uso, criando novos saberes e novos usos, para poderem estar, no domínio das mesmas e poderem orientar seus alunos a “lerem” e “escreverem” com elas. Os professores não devem substituir as “velhas tecnologias” pelas “novas tecnologias”, devem, antes de tudo, se adequar das novas para aquilo que elas são únicas e resgatar os usos das velhas em organização com as novas, isto é, usar cada uma naquilo que ela tem de peculiar e, portanto, melhor do que a outra. O uso e influência das novas tecnologias devem servir ao docente não só em relação à sua atividade de ensino, mas também na sua atividade de pesquisa continuada. E a pesquisa com as novas tecnologias tem características diferentes que estão diretamente ligadas à procura da constante informação.

Os docentes devem construir e trabalhar em conjunto com seus alunos não só para ajudá-los a aumentar capacidade, métodos, táticas para coletar e selecionar elementos, mas, especialmente, para ajudá-los a desenvolverem conceitos. Considerações que serão o alicerce para a edificação de seus novos conhecimentos. Como descrever Gadotti, o professor “deixará de ser um lecionador para ser um organizador do conhecimento e da aprendizagem (...) um mediador do conhecimento, um aprendiz permanente, um construtor de sentidos, um cooperador, e sobretudo, um organizador de aprendizagem” (Gadotti, 2002). Para finalizar estas idéias, não podemos deixar de destacar a importância de se repensar os métodos docente a partir de uma maior valorização da metodologia de interação e colaboração mutua que devem estar presentes proporcionalmente na educação à distância quanto na educação presencial, escolha metodológica tão discutida hoje em dia e que vem sendo exercitada por profissionais das áreas mais variadas da educação. É muito inquietante como os professores estão se afastando dessas práticas alternativas, apresentando, com isso, muita oposição e resistência.

A educação precisa repensar seus métodos curriculares e preparar seus docentes tanto para se apropriarem das novas tecnologias de informação e comunicação quanto para a prática da educação a distância que se vê viabilizada. Os Cursos de Educação à Distancia são exemplos desta iniciativa. Também o Ministério da Educação, através da Secretaria de Educação à Distância - SEED, estão apoiando com seus vários “sistemas de formação de professores” que envolve o ensino a distância por seus diversos programas por essas novas tecnologias digitais, tais como o Pró-infantil, Pró-formação, Pró-licenciatura, Pró-letramento, Atendimento Educacional Especializado e tantos outros.

Professor X tecnologia ou professor + tecnologia?

Brito e Purificação (2006), afirmam que alguns autores[1] que falam sobre formação de professores destacam que:
Ø o professor não tem um domínio sólido dos conteúdos que transmite, se bem que isso seja o que melhor conheça;
Ø o professor não consegue relacionar os conhecimentos que transmite à experiência do aluno e à realidade social mais ampla;
Ø a remuneração do professor é baixa, o que o obriga a ter vários empregos, fato que traz graves conseqüências para o processo ensino-aprendizagem;
Ø o professor tem lidado com o aluno “ideal”, com o aluno “padrão”, como se todos fossem homogêneos, tivessem o mesmo ritmo de aprendizagem, e não com o aluno concreto;
Ø a divisão técnica do trabalho no interior da escola com a multiplicação das funções e especialidades têm feito com que o trabalho pedagógico se fragmente cada vez mais;
Ø os conhecimentos transmitidos pela escola, às vezes selecionados pelos professores, não são remetidos à sua historicidade; são trabalhados como se estivessem prontos e acabados, e não relacionados à vida dos alunos e à realidade histórico-social mais ampla;
Ø os alunos, em geral, não têm se apropriado sólida e duradouramente dos conhecimentos transmitidos pela escola.
As explicações para a existência desses problemas são: ausência de uma política clara para a educação como um todo; falta de recursos financeiros; péssimas condições materiais das escolas; salários baixos para o profissional professor; precária formação do professor em razão da estrutura tradicional dos cursos de licenciaturas, entre outras.
Segundo Behrens (1995), “neste momento de globalização mundial, continuamos a tratar a formação do professor com discursos vazios de uma prática apropriada e significativa. Reverter este papel perante a sociedade é uma tarefa árdua”. Nesta aldeia global, o professor ainda se considera um ser superior que ensina a ignorantes. Isso forma uma consciência “bancária”[2] - o aluno recebe passivamente os conhecimentos, tornando-se um depósito do professor.
Apontamos como caminho para o professor recuperar o seu lugar a formação continuada, entendida aqui como ações tanto na direção de busca de conhecimento formal quanto, principalmente, de tomada de consciência de seu próprio fazer pedagógico, pois não podemos mais admitir aquele professor que:
... arquiva conhecimentos porque não os concebe como busca e não busca, porque não é desafiado pelos seus alunos. O professor, como sujeito direcionador da práxis pedagógica escolar, tem que, no seu trabalho, estar atento a todos os elementos necessários para que o aluno efetivamente aprenda e se desenvolva. Para isso, o professor deverá ter presentes os resultados das ciências pedagógicas, da didática e das metodologias específicas de cada disciplina, ou seja, um profissional que estará sempre se atualizando. Freire (1994, p.29)
Para alcançar essa atualização, o professor deverá também utilizar as tecnologias as quais poderão ajudá-lo na elaboração de materiais de apoio, bem como ser valiosos recursos para o ensino de diversas disciplinas do currículo, seja em sala de aula, num trabalho coletivo, seja na dinâmica do trabalho desenvolvido em ambientes informatizados.
Os vínculos entre práticas educativas e tecnologias estreitam-se consideravelmente no mundo contemporâneo, ao menos, por duas fortes razões: os avanços tecnológicos na comunicação e informática e as mudanças no sistema produtivo envolvendo novas qualificações e, portanto, novas exigências educacionais. O impacto dessas novas realidades no ensino impõe ao menos três tipos de leitura: a pedagógica, a epistemológica e a psicognitiva. Nos interessa o ponto de vista pedagógico, pois este ponto está diretamente ligado com aquele que é o organizador da atividade escolar em qualquer nível: o professor. Nenhuma intervenção pedagógica, harmonizada com a modernidade e os processos de mudanças que estão implícitos será eficaz sem a colaboração consciente deste profissional da educação.
Do livro, ao quadro de giz, ao retroprojetor, a TV e vídeo, ao laboratório de informática as instituições de ensino vem tentando dar saltos qualitativos, sofrendo transformações que levam junto um professorado, mais ou menos perplexo, que se sente muitas vezes despreparado e inseguro frente ao enorme desafio que representa a incorporação das tecnologias ao cotidiano da sala de aula. Isto não ocorre apenas nas pequenas cidades do interior do Brasil, mas também nas capitais onde os professores são muito mais pressionados a utilizar as tecnologias.
A cada dia tomamos conhecimento de decisões e projetos, governamentais ou não, argumentando sobre a “importância” das tecnologias na educação. Estes projetos consideram que a inclusão digital dos professores pode ser feita apenas por meio de cursos de capacitação, que se desenvolvem na própria instituição de ensino, em universidades e centros de informática. São cursos importantes, mas não são suficientes para propiciar mudanças na ação do professor no ambiente escolar, pois não ocorre uma inclusão digital real deste profissional.
A comunidade escolar depara-se com três caminhos, quais sejam: repelir as tecnologias e tentar ficar fora do processo; apropriar-se da técnica e transformar a vida em uma corrida atrás do novo; ou apropriar-se dos processos, desenvolvendo habilidades que permitam o acesso e o controle das tecnologias e seus efeitos.
A terceira opção é a que apresenta melhores argumentos para uma formação intelectual, emocional e corporal do cidadão que cria, planeja e interfere na sociedade. Para que o professor possa se tornar um agente promotor da inclusão digital no ambiente educacional ele deverá realizar um trabalho pedagógico em que reflita sobre sua ação escolar e efetivamente elabore e operacionalize projetos educacionais com a inserção das Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação – NTIC - no processo educacional. Buscando, integrá-las à ação pedagógica na comunidade intra e extra escolar e, sendo claramente explicitado na proposta pedagógica da instituição.

Estes são alguns sites que você caro leitor pode acessar para conhecer mais esse tema.

http://www.slideshare.net/cseabra/novas-tecnologias-na-educao
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/novas-tecnologias-exigem-novos-conteudos
http://tecnologiasnaeducacao.pro.br/

A aplicação do método audiovisual em sala. - FINGER, Johanna Emile²

A aplicação dos recursos audiovisuais adota uma linguagem acessível e inovadora, através da prática de ensino de ciência e biologia, acabando por exigir do telespectador (aluno) maior atenção e envolvimento durante o período de estudo, por se tratar de uma técnica dosada em determinado tempo, sendo este um dos fatores que acaba por chamar atenção dos mesmos por meio dos efeitos, imagens, vídeos, escritas, etc.

A atividade audiovisual além de complemento didático, em determinados momentos pode servir como instrumento de aplicação de atividades que capacitam os estudantes por meio de imagens, desvendar e esclarecer dúvidas que muitas vezes não constam na estrutura de um texto escrito. Porém, muitas vezes sua utilização não possui fundamento e objetivo concretizado. Segundo a afirmação de LIMA, (1998, p. 01)



“ (....) a tradicional prática de uso do vídeo na escola ainda está longe do ideal de autonomia e participação. Na maioria das instituições, tal tecnologia é associada à veiculação de fitas educativas, onde uma série de informações técnicas são "ilustradas" com imagens e sons. Trata-se de um uso da tecnologia de informação e comunicação como instrumento de tradução dos discursos de especialistas para a transmissão de informações aos públicos usuários”.





1.5 O vídeo enquanto instrumento de ensino em Ciências Naturais



Na atualidade, a atenção dos que investigam novos caminhos para o ensino de Ciências está hoje basicamente voltada para a idéia de cidadania e para a formação de professores com novos perfis profissionais, em condições de trabalhar com uma visão interdisciplinar da ciência, própria das múltiplas formas de se conhecer e intervir na sociedade hoje.

Neste sentido, as propostas mais adequadas para um ensino de Ciências Naturais significativo, devem favorecer uma aprendizagem comprometida com as dimensões sociais, políticas e econômicas que permeiam as relações entre ciência, tecnologia e sociedade preparando os cidadãos para que sejam capazes de participar, de alguma maneira, das decisões que se tomam nesse campo e que afetam a vida de todos.

Essa participação deverá ter como base o conhecimento científico adquirido na escola, a análise das informações recebidas sobre os avanços da ciência e da tecnologia e o uso destas no cotidiano.

Ao se pretender estabelecer uma perspectiva mais científico-tecnológica no interior da sala de aula é preciso que o professor tenha clareza dos objetivos que pretende alcançar e das estratégias (procedimentos e recursos) que pretenda fazer uso. Ou seja, sua ação está pautada em reflexões e escolhas constantes. Afinal, como tornar o ensino de ciências naturais prazeroso sem perder a cientificidade? Quais ferramentas usar? Como utilizar? Em qual medida? Estas e outras perguntas foram feitas por nós durante o processo de intervenção.

Partimos do pressuposto colocado por MORAN, (1995, p.101): “o vídeo ajuda a um bom professor, atrai os alunos, mas não modifica substancialmente a relação pedagógica. Aproxima a sala de aula do cotidiano, das linguagens de aprendizagem e comunicação da sociedade urbana, mas também introduz novas questões no processo educacional”.

Com as atividades audiovisuais vivenciadas com e pelos alunos da 5ª e 8ª séries do Colégio de Aplicação UNIVALI – CAU/Itajaí, (Apêndice 13) e fazendo uma análise de desempenho dos alunos, pode-se observar que houve progresso/sucesso em relação a uma aula dialogada. Passamos a compreender o vídeo como um instrumento de ensino que possibilita aprendizagem mais prazerosa e dinâmica auxiliando o aluno a raciocinar sobre fatos e fenômenos de maneira interativa.

O vídeo é uma tecnologia com grande potencial para uso na educação, capaz de apoiar o desenvolvimento de habilidades mentais e a aquisição de conhecimentos específicos, além de trazer à sala de aula realidades distantes dos alunos.

Ao iniciar as aulas com o vídeo, pode-se perceber o interesse de todos os alunos despertando a curiosidade, a motivação para novos temas. Isso facilitou o desejo de pesquisa nos educandos para aprofundar o assunto do vídeo e da matéria.

Os debates entre alunos e professores foram surgindo na medida em que eram trabalhados os vídeos, então, este recurso tecnológico não é apenas um transmitir os conteúdos e imagens, ele é também um processo de construção de conhecimentos e trocas de idéias. Uma abordagem apresentada aos alunos das 8ª séries foi sobre os benefícios e malefícios da energia nuclear. Foram mostradas a eles por meio de vídeo as conseqüências das bombas atômicas, e as fontes nucleares de energia. Com estes assuntos, o vídeo serviu de instrumento e base para o início das argumentações e assim, foi possível observar o grau de conhecimento dos mesmos em relação a tema.

Novas Tecnologias na Educação Especial:- José Paulo de Araujo



2. Princípios pedagógicos no uso educacional das TC

A Educação (Especial ou não) deveria explorar o potencial para interação expandido pelas novas TC. Para alcançar este objetivo, parece interessante adotar um modelo pedagógico em que os alunos se comuniquem uns com os outros livremente durante a realização de atividades para trocar informações, buscar auxílio e prestar apoio mútuo.

Este modelo pedagógico poderia ter as seguintes características:

Foco no aluno e na aprendizagem.


A pedagogia tradicional privilegia o professor e o ensino ao criar uma economia simbólica na qual o professor deposita conhecimentos nos alunos para em seguida avaliar se foram retidos.

A interação possível nesse contexto costuma seguir um padrão bastante rígido de pergunta-resposta-avaliação, normalmente em um único sentido:

PERGUNTA DO PROFESSOR: Quantos são os estados físicos da água?

RESPOSTA DO ALUNO: Três. Sólido, líquido e gasoso.

AVALIAÇÃO DO PROFESSOR: Certo.

Se as TC permitem que a interação se dê entre professor e aluno e entre aluno(s) e aluno(s), torna-se fácil perceber que elas potencializam a superação do padrão descrito e dão aos alunos a possibilidade de eles mesmos fazerem as perguntas ao professor ou a outro(s) aluno(s), e, indo além do perguntar, elas permitem que os alunos consigam as respostas por si mesmos e entre si mesmos.










Educação e Tecnologia: uma aliança necessária - Juracy dos Anjos

Entendidas por especialistas e educadores como ferramentas essenciais e indispensáveis na era da comunicação, as novas tecnologias ganham espaço efetivo nas salas de aula. Computadores ligados à internet, software de criação de sites, televisão a cabo, sistema de rádio e jogos eletrônicos. Estas são algumas das possibilidades existentes e que podem ser aproveitadas no ambiente escolar como instrumentos facilitadores do aprendizado.

“Por isso, cabe à educação uma parcela de responsabilidade tanto na compreensão crítica do(s) significado(s) desta transformação, quanto na formação dos indivíduos e grupos sociais. Estes devem assumir com responsabilidade a condução social de tal virada, provocada, entre outros fatores, pela revolução nas dinâmicas sociais de comunicação e de processamento de informação”, analisa Arnaud.

domingo, 11 de setembro de 2011

INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO. O Computador auxiliando o processo de mudança na escola. José A. Valente NIED-UNICAMP e CED-PUCSP

O QUE É INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO?

O termo "Informática na Educação" tem assumido diversos significados dependendo da visão educacional e da condição pedagógica em que o computador é utilizado.

( ... ) O termo "Informática na Educação" significa a inserção do computador no processo de aprendizagem dos conteúdos curriculares de todos os níveis e modalidades de educação. Para tanto, o professor da disciplina curricular deve ter conhecimento sobre os potenciais educacionais do computador e ser capaz de alternar adequadamente atividades tradicionais de ensino-aprendizagem e atividades que usam o computador.

No entanto, a atividade de uso do computador na disciplina curricular pode ser feita tanto para continuar transmitindo a informação para o aluno e, portanto, para reforçar o processo tradicional de ensino (processo instrucionista), quanto para criar condições para o aluno construir seu conhecimento por meio da criação de ambientes de aprendizagem que incorporem o uso do computador (processo construcionista).